Direção-Geral do Património Cultural

Mateus Fernandes foi o genial criador da linguagem arquitetónica que corresponde ao designado estilo manuelino que surgiu pela primeira vez em Portugal e na Batalha, nos últimos anos do século XV e nas primeiras duas décadas do século XVI.

A sua obra, patente nas bandeiras das janelas e no lavabo do Claustro Real, bem como no portal das Capelas Imperfeitas, é uma explosão de exuberância, apenas adiada pelo Claustro de Fernão de Évora. A arquitetura ganha valor plástico como se de uma escultura monumental se tratasse. No entanto, nas obras de Mateus Fernandes, mantém-se a disciplina geométrica de base flamejante que há muito fazia parte da tradição batalhina. Em boa verdade, a base geométrica não apenas se manterá como se vai ainda complexificar: os arcos passam a ter múltiplas interseções e planos, e as formas facetadas vão curvar-se para se intersetarem também em diversos planos.

PROGRAMA

14:00 Abertura
momento musical com a banda Profound Whatever
(música da banda sonora do filme de 1921: “A Covilhã Industrial, Pitoresca e seus Arredores”)

14:30 Mateus Fernandes no 5º centenário da sua morte
José Travassos Santos

14:45 Covilhã e Batalha: duas vilas na vida de mestre Mateus Fernandes
Saul António Gomes (CHCS-FLUC)

15:15 Modelo, escala, tectónica. Um olhar contemporâneo sobre a arquitectura de Mateus Fernandes
José António Bandeirinha (Dep. Arq.-FCTUC)

15:45 O mestre construtor Mateus Fernandes no seu tempo.
Formação de redes de transmissão de conhecimento: a família e o estaleiro
Fernando J. Grilo (Artis-FLUL) e Ricardo Silva (IPCastelo Branco/Artis-FLUL)

16:15 Mateus Fernandes e o programa arquitectónico para a Batalha no tempo de D. Manuel I
Pedro Redol (MB/DGPC)

16:45 Artesãos, humanistas e trading zones no reinado de D. Manuel I
Nuno Medeiros (Artis-FLUL)

17:15 As Gárgulas do mosteiro de Santa Maria da Vitória ao tempo de Mateus Fernandes: função e forma
Patrícia Alho (Artis-FLUL)

17:45 Encerramento - momento musical: Profound Whatever