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Património Cultural

Apresentações/ Lançamentos Dia 23 de julho, das 14h00 às 18h00

"Margarida de Abreu - uma aproximação"

No sábado, dia 23 de julho, das 14h00 às 18h00, irá decorrer no Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa, a apresentação do projeto MARGARIDA DE ABREU – UMA APROXIMAÇÃO, de Ana Dinger, artista e investigadora.
Esta apresentação inclui uma mostra de algumas peças do acervo do Museu Nacional do Teatro e da Dança e de materiais provindos do arquivo pessoal/familiar de Margarida de Abreu e uma conversa assente nessa mostra.

A apresentação terá lugar no auditório do Museu. A conversa acontecerá das 16h00 às 18h00. A mostra estará patente a partir das 14h00.

Entrada livre.

Margarida de Abreu (1915-2006) é uma figura incontornável na história e estórias da dança como prática artística em Portugal, destacando-se a sua enorme influência no campo do ensino e pedagogia (mais de sessenta anos de carreira), e a sua tenaz ação no sentido de fazer existir uma companhia (nacional) de bailado distanciada do folclorismo que atribuía ao Grupo de Bailados Verde Gaio. Em 1944, apenas quatro anos após a criação dessa companhia estatal, única no país, Margarida de Abreu funda o Círculo de Iniciação Coreográfica (CIC). Plataforma de ensaio das premissas do seu Manifesto, publicado em 1946, o CIC constitui um marco na intersecção de dimensões como produção coreográfica, divulgação, formação e profissionalização da dança no contexto nacional. As circunstâncias mudam em 1960, quando, contando com mais de quinze anos de sustentação do CIC, Margarida de Abreu aceita o convite para codirigir, com Fernando Lima, o grupo Verde Gaio, com uma proposta de reformulação do repertório. Ainda que apenas alguns traços de uma trajetória maior, estes serão os mais focados na apresentação.
Uma significativa constelação de índices deste percurso – programas, fotografias, cartazes, recortes de imprensa, correspondência, contabilidade etc. – corresponde ao arquivo pessoal/familiar de Margarida de Abreu, que este projeto propõe inventariar, digitalizar e estudar.
Esta partilha pública, inaugural, contempla três planos: a descrição do processo de investigação até à data; uma abordagem à trajetória de Margarida de Abreu ancorada numa seleção de materiais do seu espólio e do acervo do MNTD; uma (meta)reflexão acerca das tensões, vicissitudes e potências da relação entre arquivo e performatividade.
Como o título indica, é uma primeira aproximação, fase inicial de uma pesquisa mais demorada e exaustiva; é uma aproximação, porque opera já um encurtamento da distância que resulta da falta de circulação e difícil acesso a informação/rastos; é, ainda, uma aproximação, porque, como qualquer outra investigação, se desenrola com um conjunto de condições, nomeadamente a agência (apetências, inclinações e limites) de quem a faz, uma abordagem entre outras possíveis.
A apresentação terá lugar no auditório do Museu Nacional do Teatro e da Dança, no dia 23 de Julho (sábado), com entrada livre. A conversa acontecerá das 16h às 18h. A mostra estará patente a partir das 14h.
O projeto recebeu um apoio à investigação da DgArtes (concurso de procedimento simplificado) e tem como parceiro o Museu Nacional do Teatro e da Dança.
Organização:
MNTD/DGPC
Local:
Museu Nacional do Teatro e da Dança, Lisboa

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