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Património Cultural

Exhibitions Inaugura no dia 6 de outubro, às 18h30

IMAGO Lisboa Photo Festival | Harri Pälviranta

Inaugura, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa  a exposição de Harri Pälviranta, no âmbito do IMAGO Lisboa Photo Festival.



Em 2022, a 4ª edição, gravita em torno do conceito de Distúrbios.

A atual sociedade tem vivido, ciclicamente, momentos perturbadores de diferentes intensidades e tipologias. Naturalmente que a atual pandemia foi, provavelmente, o colmatar do maior distúrbio do pós II Guerra Mundial. A sua dimensão teve uma globalidade nunca outrora existente, revelando muitas das fragilidades dos sistemas políticos e económicos, mas, também revelando a capacidade de resposta da comunidade científica internacional. Mas para além desta pandemia, são muitos outros distúrbios que o planeta enfrenta. A poluição e recorrentes desastres ecológicos têm estado na agenda de várias cimeiras; a violência social e doméstica tem feito várias manchetes; os distúrbios mentais e físicos têm aumentado; as migrações resultantes de fuga às guerras e à escassez de meios de subsistência; escândalos financeiros, são muitos os exemplos de possível abordagem, estudo e reflexão.

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Espancados

Brigas, escaramuças e lutas de rua são ocorrências frequentes à noite, durante o fim-de-semana na Finlândia. Há uma tendência forte para ficar alcoolizado em festas e saídas noturnas, e uma vez alcoolizadas, as pessoas libertam-se de certas inibições. As agressões tornam-se físicas, e resultam em violência. 

O problema é reconhecido pela sociedade finlandesa, e é considerado grave. Mas o debate não vai além da dimensão literal, faz as parangonas nos jornais e é discutido em seminários. Não há imagens destas ocorrências. 

Ao fotografar ataques e agressões, Harri Pälviranta pretende mostrar as faces reais da violência de rua na Finlândia. Em contraste com os retratos estereotipados de heroísmo masculino e tentativas gastas de chocar o público, Pälviranta está interessado em lidar com a extrema banalidade inerente à violência. O que lhe parece mais perturbador que qualquer uma das representações dos golpes e ferimentos é a natureza cotidiana da violência de rua, e a atitude de laissez-faire em relação a ela que predomina na sociedade finlandesa.

Harri Pälviranta - harripalviranta.com/

Organization:
MNAC/DGPC; IMAGO
Local:
Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa

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