Exhibitions Até 26 de setembro
A Brasileira do Chiado. Café-museu 1925-1971
Está patente até 29 de setembro, a exposição A Brasileira do Chiado. Café-museu 1925-1971, com curadoria de Maria de Aires Silveira, Raquel Henriques da Silva.
Lembro-me bem do Viana, sentei-me muitas vezes na mesa dele, gostava muito dele. Tinha um atelier aqui na rua que desce até S. Bento, era uma casinha pequenina lá em baixo e ele tinha a mesa com a composição dos objetos que estava a pintar. Disso lembro-me bem. Eu gostava imenso dele, era forte, e depois tinha um chapéu como o Picasso também usava. E estava muito na Brasileira era um daqueles em cuja mesa eu me sentava.
(…) Eram mesas em que estavam o Viana, o Almada, a Vieira da Silva e o Arpad também apareceram lá. Havia uns grupos e havia uns PIDES. Mas era um ponto de encontro, era a Brasileira. A Brasileira realmente tinha uma vida especial.
Manuel Baptista, 29-10-2020
(…) Eram mesas em que estavam o Viana, o Almada, a Vieira da Silva e o Arpad também apareceram lá. Havia uns grupos e havia uns PIDES. Mas era um ponto de encontro, era a Brasileira. A Brasileira realmente tinha uma vida especial.
Manuel Baptista, 29-10-2020
A evocação do pintor Manuel Baptista, acerca da Brasileira dos anos de 1960, traduz bem a qualidade das memórias deste pequeno/grande café lisboeta, fundado em 1908 por Adriano Teles e mantido, quase miraculosamente ao longo de mais de um século, em relação aos valores decorativos que o modernizaram em 1925. É por isso a mais prestigiada «Loja com História» da cidade, provando quanto a salvaguarda exigente dos patrimónios não conflitua, antes pelo contrário, com um desempenho económico bem sucedido.
Se a arquitectura e a decoração do estabelecimento são uma imagem reconhecida, tal como o célebre anúncio sobre o “Melhor Café…”, há outra componente da sua representação que aqui especialmente nos interessa: as onze pinturas que a decoram, da autoria de prestigiados artistas portugueses e ali estão (com excelente conservação) desde 1971, quando foram encomendados por um júri de críticos de arte conceituados. Os quadros facilmente atraem o olhar curioso dos frequentadores e dos passantes, mas a maioria não saberá que a actual “exposição” substituiu outra, inaugurada em 1926 e que ali se manteve até 1970.
Para aquirir o Catáologo da Exposição aceda AQUI
- Organization:
- MNAC/DGPC
- Local:
- Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa
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